GOVERNO ESCONDE ALTA DA CARGA TRIBUTÁRIA AUMENTANDO EM 4,5% A TABELA DO IMPOSTO DE RENDA PARA OS TRABALHADORES BRASILEIROS
Reajuste da tabela do IR anula alta real dos salários O reajuste da tabela progressiva do Imposto de Renda (IR) das pessoas físicas em 4,5%, em vigor desde abril, esconde uma nova alta disfarçada da carga tributária federal que anula o aumento real de salários conquistado por boa parte dos trabalhadores em 2011. Consideramos um reajuste pequeno e insatisfatório, em relação a alta da inflação prevista pelos órgãos governamentais e agencias de analise econômica, a perspectiva e de uma inflação superior a 6% em 2011. A correção da tabela do IR é baseada no centro da meta de inflação para este ano. As centrais sindicais defendiam um reajuste de 6,47%, o mesmo valor da inflação do ano passado, mas o governo convenceu os sindicalistas a aceitarem 4,5%. Em troca, a equipe econômica incluiu na recém-aprovada medida provisória que trata do assunto uma política que fixa a correção da tabela pelo centro da meta nos quatro anos de mandato de Dilma Rousseff. As centrais já falam, no entanto, em rediscutir com o governo a correção da tabela, diante da evolução dos índices de preços. Os sindicalistas sabem que, sempre que é corrigida abaixo da inflação, a tabela do IR impõe prejuízos aos trabalhadores, principalmente aos que ganham menos. Quem tem rendimentos superiores a 4.000 reais, por exemplo, não sofre aumento de carga, porque todas as demais faixas de incidência do imposto são inferiores a esse valor. Tome-se o caso hipotético de um trabalhador que recebe um salário bruto de 1.761 reais por mês, sem nenhum dependente. Considerando o desconto de 11% do INSS, a base de cálculo para o desconto do imposto na fonte será de 1.567,29 reais Pela tabela de 2011, corrigida em 4,5%, a alíquota do imposto para essa faixa de rendimento é de 7,5%. Significa que o trabalhador terá descontado todo mês no seu salário 117,55 reais de IR retido na fonte. Isenção - Entretanto, se a tabela fosse reajustada pela projeção da inflação, esse trabalhador estaria isento de recolher o IR e não sofreria desconto no salário, ao longo de 12 meses, isso representaria um acréscimo de 1.410,6 reais em sua renda disponível para consumo. "O governo faz capital de giro com o dinheiro do contribuinte", "O governo tira dinheiro do bolso do brasileiro e, se há imposto a ser restituído, só devolve depois de um ano, sem a devida correção monetária." |
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